terça-feira, 27 de abril de 2010

O APERFEIÇOAMENTO E O CORAÇÃO GENEROSO




O crente que tem o aperfeiçoamento como alvo deve estar ciente que este propósito envolve todos os aspectos da vida: espiritual, emocional, físico, social e material. Quando tratamos do aspecto material na vida do cristão a generosidade deve ser a marca a relação do crente com seus recursos. Ao falar sobre a oferta que os crentes em Corinto deveriam preparar o apóstolo Paulo orienta: “Então ela (a oferta) estará pronta como oferta generosa, e não como algo dado com avareza” (2 Co 9.5 – NVI). Paulo ainda diz a essa igreja que as bênçãos materiais derramadas são derramadas sobre o crente para que este seja generoso: “Vocês serão enriquecidos de todas as formas, para que possam ser generosos em qualquer ocasião e, por nosso intermédio, a sua generosidade resulte em ações de graças a Deus” (2 Co 9.11 – NVI). Diante das afirmações paulinas podemos tirar duas conclusões: 1) Deus não concede recursos aos seus filhos para que sejam avarentos, antes, a benção visa a generosidade. 2) A generosidade do cristão resulta em louvor e ações de graças a Deus (2 Co 9.12).
Infelizmente, hoje muitos crentes não têm usado seus recursos para motivar a outros a darem graças a Deus, pois suas vidas são marcadas pela avareza e não por um coração generoso. O propósito desse estudo é o de nos levar a uma reflexão pessoal sobre a necessidade de termos como crentes aperfeiçoados um coração marcado pela generosidade.
Vejamos como os crentes devem exercer a generosidade:
I – A GENEROSIDADE DEVE SER PRATICADA COM CONTENTAMENTO.
Dois princípios estão envolvidos nessa afirmação: 1) A generosidade que agrada a Deus deve ser exercida com alegria (2 Co 9.7). Uma grande oferta sem alegria não tem nada a ver com a generosidade cristã, alegria são inseparáveis. Paulo diz que contribuir para o Reino é graça de Deus, é um privilégio que ele nos dá: “a graça de Deus, concedida às igrejas da Macadônia” (2 Co 8.1-2). A despeito das dificuldades dessas igrejas, elas não abriam mão da alegria de participar da assistência aos santos (2 Co 8.4). A alegria também esta ligada a voluntariedade e não a obrigação. Paulo fala que a oferta é aceitável quando há boa vontade (2 Co 8.12). 2) A falta de contentamento é um grande empecilho a generosidade. Enquanto o homem está descontente com o que tem consequentemente ele irá voltar os seus recursos para alcançar sua satisfação pessoal, isso acaba por impedi-lo de ser generoso para com o próximo. O homem descontente só é generoso para com ele mesmo, ele tenta acabar com sua infelicidade, porém, acabam-se os recursos e o descontentamento permanece. Paulo fala a Timóteo que em busca dessa suposta alegria as pessoas querem enriquecer e acabam por cair em ciladas. O que pode livrar o crente desse perigo é o viver piedoso que traz lucro e contentamento para o espírito, estado esse que é resultado da satisfação íntima com a situação que Deus determinou para sua vida (2 Tm 6.6-10).
II – A GENEROSIDADE DEVE SER PRACITACADA COM REGULARIDADE.
O recolher as ofertas semanalmente é um ato bíblico; “Quanto a coleta para o povo de Deus, façam como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vocês separe uma quantia, de acordo com a sua renda, reservando-a para que não seja preciso fazer coletas quando eu chegar.” (1 Co 16.1-2 - NVI). É verdade que hoje muitas pessoas não recebem semanalmente e acabam por ofertar mensalmente, contudo, a regularidade deve de ser mantida, seja ela semanal, quinzenal ou mensal. Quando há generosidade há regularidade e até muito mais que isso. Se todos os membros da igreja fossem regulares em seus dízimos e ofertas a igreja aumentaria seu potencial de investimento no Reino.

III – A GENEROSIDADE DEVE SER PRATICADA SEGUNDO AS POSSES DE CADA UM.
“... de acordo com os bens que vocês possuem. Porque, se há prontidão, a contribuição é aceitável de acordo com aquilo que alguém tem, e não de acordo com o que não tem.” (2 Co 8.11-13 – NVI). Paulo chega a dizer que a contribuição não deve ser feita para aliviar a uns e sobrecarregar a outros, o propósito é para que haja igualdade, ou seja, suprimento das necessidades. É verdade que muitos se escondem atrás desse princípio para justificarem a falta de generosidade da parte deles, mas isso não aconteceu com as igrejas pobres da Macedônia, pobres não, “muito pobre” (2 Co 8.2). A pobreza deles não foi empecilho para a prática da generosidade, pois na medida de suas posses e mesmo acima delas eles contribuíram (2 Co 8.3); É, realmente Deus escolheu as pessoas simples do mundo para envergonhar aquelas que pensam ser alguma coisa. Essa questão na verdade já entra na esfera da fé que é outra marca da prática da generosidade.
IV – A GENEROSIDADE DEVE SER PRATICADA COM FÉ NA PROVISÃO DE DEUS.
Sem fé não há generosidade. As igrejas da Macedônia, apesar de sua muita pobreza, eram capazes de ofertar até além de suas reais condições porque acreditavam na provisão de Deus. Os crentes daquela região “deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor” (2 Co 8.5), por isso, eles estavam cientes de que Deus iria cuidar do que lhe pertencia, as suas próprias vidas. O ato de ofertar pressupõe a confiança no Deus que não vai deixar absolutamente nada nos faltar. O Deus que nos abençoa generosamente é o Deus que vai continuar a nos abençoar, por isso, posso agir com generosidade. Além disso, a própria Palavra de Deus traz bênçãos para aqueles que ofertam de coração: “Aquele que supre a semente ao que semeia e o pão ao que come, também lhes suprirá e multiplicará a semente e fará crescer os frutos da sua justiça. Vocês serão enriquecidos de todas as formas, para que possam ser generosos em qualquer ocasião...” (2 Co 9.10-11 – NVI). É importante destacar no texto que a benção da semeadura está voltada para o propósito da continuação do exercício da generosidade. Ofertar não é manipular a Deus ou barganhar com ele, é simplesmente um ato de fé na providência e nas promessas de Deus que supre cada uma de nossas necessidades. O grande problema é que as vezes confundimos caprichos dos nossos desejos com necessidades reais. Deus tem compromisso com nossas necessidades e não com nossos caprichos (Sl 37.25).
Rev.Wagner Barros Marques
DOMINGO: 2 Coríntios 8.1-15
SEGUNDA: 2 Coríntios 9.1-15
TERÇA: 1 Timóteo 6.6-21
QUARTA: 1 Coríntios 16.1-4
QUINTA: Gálatas 6.6-10
SEXTA: Salmo 37.23-26; Salmo 112
SÁBADO: Provérbios 3.9-10; 11.24-31; 19.17

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