quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A LIDERANÇA E O SENSO DA RESPONSABILIDADE

Domingo: 2 Coríntios 11.28-30
Segunda: Neemias 1.1-11
Terça: Neemias 2.1-10
Quarta: Neemias 2.11-20
Quinta: Neemias 4.1-23
Sexta: Neemias 5.1-19
Sábado: Neemias 6.1-19; 7.1-4
Depois de falarmos sobre as qualificações que referendam o líder na igreja é importante pensarmos sobre o que faz o líder permanecer no desenvolvimento de seu ministério. Ser líder é um privilégio, mas não é fácil. Liderar envolve desafios de natureza espiritual, emocional, física, financeira, etc. Diante de tantos desafios, o que faz o líder enfrentá-los e não negligenciar o seu chamado? Quando pensamos nas qualificações bíblicas do líder pensamos sobre o compromisso no desempenho da função; um líder compromissado, apesar das dificuldades, não deixa de exercer sua função, isto porque existe o chamado senso da responsabilidade. O líder responsável é aquele que apesar dos desafios diz como o apóstolo Paulo “enfrento diariamente uma pressão interior, a saber, a minha preocupação com todas as igrejas” (2 Co 11.28 – NVI). A versão revista e atualizada diz que há um peso diário sobre o apóstolo, poderíamos chamar este peso de responsabilidade que acompanha todo líder na igreja.
A vida de Neemias mostra que o senso da responsabilidade o impulsionou a enfrentar desafios diversos em favor do povo de Deus. O que leva um líder a dar um passo à frente diante os desafios é um forte senso de responsabilidade dada pelo próprio Deus. Ao ouvir o relatório feito por seu irmão sobre Jerusalém, Neemias ficou desolado. Depois de chorar por vários dias ele é compelido a orar por Jerusalém, e nessa oração, podemos perceber o senso de responsabilidade que possuía: 1) Ao fazer confissão dos pecados de Israel, ele se inclui entre os pecadores: “que temos cometido contra ti; pois eu e a casa de meu pai temos pecado.” (Ne 1.6-7). Neemias, mesmo não estando em Jerusalém, também se acha responsável pela situação espiritual de Israel. 2) Ao expressar o desejo de que Deus o permitisse fazer algo em favor de Jerusalém concedendo-lhe a compreensão e autorização do rei da Pérsia: “concede que seja bem sucedido hoje o teu servo, e dá-lhe mercê perante este homem.” (Ne 1.11).
Naquele tempo ter qualquer sentimento que não fosse de alegria diante do da Pérsia era uma ofensa punida com a morte (Ne 2.1-2). Mesmo assim ele se sente motivado a falar com o rei sobre o estado de Jerusalém. Por que? Porque ele sentia um grande senso de responsabilidade pela cidade e pelo povo de Jerusalém. Isto é o que acontece com os líderes piedosos, eles não precisam sair a procura de algo que lhes toque o coração, pois a responsabilidade os impulsiona (). Vejamos como o peso ou senso da responsabilidade trabalha na vida dos líderes:
I – A RESPONSABILIDADE PURIFICA OS MOTIVOS.
A responsabilidade leva ao desejo de fazer alguma coisa benéfica. Quando uma pessoa é responsável é muito difícil ser ao mesmo tempo egoísta. O senso de responsabilidade era tão forte em Neemias que ele é capaz de abrir mão de uma posição confortável na corte: “Nesse tempo eu era copeiro do rei” (Ne 1.11). Neemias tinha uma boa posição na luxuosa corte do rei, viajar centenas de quilômetros para uma cidade arruinada somente traria sacrifícios em vez de vantagens pessoais.
O sendo de responsabilidade purifica a motivação do líder cristão, ele passa a trabalhar não motivado pelo bem próprio, mas sim pelo bem da comunidade. “Líderes” irresponsáveis muitas vezes até fazem, mas estão sendo motivados pelo benefício próprio.
II – A RESPOSNSABILIDADE CULTIVA A PERSISTÊNCIA
Como já foi dito, liderança na igreja liderança na igreja é um privilégio (1 Tm 3.1), mas não é fácil! Não é por acaso que o apóstolo Paulo fala de sua carreira como sendo um combate onde é necessário a perseverança para completa-la (2 Tm 4.7). No exercício da liderança se você não for persistente, é muito provável que saia da corrida antes do fim. Neemias enfrentou diversos desafios em sua empreitada (zombaria Ne 4.1-6; conspiração Ne 4.7-23; mas o mesmo senso de responsabilidade que o levou a comparecer diante do rei e a deixar sua posição de conforto para ir a Jerusalém o impulsionou a perseverar diante de problemas como zombaria (Ne 4.1-6), conspiração (Ne 4.7-23), calúnia (Ne 6.5-9), traição (Ne 6.10-14) e outros.
O senso de responsabilidade cultiva a persistência do líder cristão. A responsabilidade acaba falando mais alto do que o desejo de se proteger dos desafios. É por isso que mesmo em meio a angustia e lágrimas muitos líderes ainda assim perseveram não desistindo do chamado de Deus para eles. O que leva a persistência é a responsabilidade e não o sentimento romântico e idealista que descarta as dificuldades.
III – A RESPONSABILIDADE SOLIDIFICA AS PRIORIDADES.
Inúmeras atividades importantes clamam pela atenção de um líder, contudo, uma necessidade não é necessariamente uma prioridade ligada ao chamado do líder. A o senso de responsabilidade ajuda o líder a entender que deve assumir uma tarefa específica. O senso de responsabilidade levou Neemias a dar prioridade a sua tarefa como líder. Quando Neemias recebe um convite para um encontro supostamente amigável, sua resposta manifesta sua responsabilidade e prioridade como líder naquele momento: “estou executando um grande projeto e não posso descer. Por que parar a obra para ir encontrar-me com vocês?” (Ne 6.3-4). Por quatro vezes tentaram fazer Neemias deixar o que era prioridade de lado, por quatro vezes ele deu a mesma resposta.
O sendo de responsabilidade solidifica as prioridades do líder cristão. Um líder responsável entende que não pode se distrair, seu chamado envolve estabelecer prioridades que têm a ver com o chamado de Deus. Um líder responsável não abre mão do que é prioridade, mesmo que outras opções aparentem ser mais agradáveis e preciosas. O apóstolo Paulo é um exemplo de líder responsável com prioridades sólidas: “...em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus...” (At 20.24).

Como vimos o senso de responsabilidade na vida do líder purifica os motivos, cultiva a persistência e solidifica prioridades. Mas tem mais uma coisa que esta responsabilidade trouxe à vida de Neemias e também traz a vida de todo líder cristão; a certeza de que ao não fugir das responsabilidades inerentes a liderança – “nós, seus servos, nos disporemos e reedificaremos” – é inevitável que O Deus dos céus dê bom êxito ao seu povo (Ne 2.10). O líder tem um senso de responsabilidade, mas O Grande responsável pelo bom êxito da obra é O Senhor.

PROGRAMAÇÃO DE NATAL




Reserve essas datas e traga a sua familia e amigos!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A SEMELHANÇA DA LIDERANÇA NA IGREJA COM A LIDERANÇA DE CRISTO

A liderança bíblica da igreja é semelhante à liderança de Cristo. Veremos nesta lição quatro aspectos da liderança de Cristo que servem como modelo para a liderança Cristã. Foram papeis que Cristo cumpriu como líder e é dever da igreja refletir a liderança de seu mestre. Estes aspectos são verdadeiros em muitas áreas da vida, mas aqui eles serão trabalhados tendo como referência a vida cristã e o exercício da liderança na igreja.
I – O LÍDER E O ASPECTO DIRECIONAL
Líder é aquele que dá direção. Uma liderança comprometida dá direção aos seus liderados. Se o líder não pode dar a direção que sentido faz dizer que ele lidera? É evidente que os líderes da igreja, assim como quaisquer outros líderes, às vezes têm de dar ordens, tomar decisões e assumir a responsabilidade. Cristo mesmo ordenou muitas coisas. Em Mateus 28.20, por exemplo, Ele mandou que seus discípulos ensinassem outras pessoas, trata-se de uma ordem daquele quem tem “toda autoridade no céu e na terra” (Mt 28.18). Vemos Jesus ordenando seus discípulos a pegarem o barco e passar para outra margem (Mt 14.22); mandando alimentar uma multidão (Mc 6.37,39); ordenando-lhes que não falassem nada a ninguém a respeito de alguns fatos, como a transfiguração por exemplo (Mt 17.9).
O apóstolo Paulo, como líder da igreja, também deu ordens. Ele disse aos cristãos que ensinassem a outros o que fazer. Ele também instruiu os presbíteros a decidirem o que deveria ser ensinado, e que fizessem isso com mansidão (2 Tm 2.24-25), paciência e persistência (2 Tm 4.2).
Hoje algumas pessoas se sentem incomodadas com isso. Mas percebemos com clareza que Jesus deu ordens e instruiu seus discípulos, e isso inclui a igreja de hoje, a fazerem estas mesmas coisas: ensinar, instruir, dispor-se em exercer autoridade. Este tipo de liderança não deve ser evitado. Embora a autoridade possa ser mal exercida, a autoridade em si é uma coisa boa, e podemos recuperar um respeito piedoso pela autoridade se a exercermos com prudência para direcionar a caminhada do povo de Deus.
II – O LÍDER E O ASPECTO DO MODELO
Uma liderança comprometida é aquela que se torna padrão dos fiéis (1 Tm 4.12). O líder é aquele que está à frente, toma a iniciativa e dá o exemplo. Muito da liderança envolve o dar o exemplo e o tomar a iniciativa. Talvez o oficial mais temido em toda a Segunda Guerra Mundial era o comandante de carros blindados alemão, Erwin Rommel, a “Raposa do Deserto”. Quando uma batalha que envolvia as suas forças começava, a mensagem soaria: “Rommel à frente!”. Essa mensagem estimulava as tropas a segui-lo. Bons líderes tomam a iniciativa.
Ser exemplo é um aspecto da liderança bíblica. Jesus disse: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros” (Jo 13.34). Paulo escreveu: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Fp 2.5). Pedro exortou alguns dos primeiros cristão a recordarem que “Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos” (1 Pe 2.21). Aos cristãos de Corinto, Paulo escreveu: “sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (1 Co 11.1). E disse especificamente aos crentes de Tessalônica que havia trabalhado para tornar-se um exemplo que eles poderiam seguir (2 Ts 3.7-9). Paulo se empenhou deliberadamente em ter uma vida que fosse exemplar, não uma vida perfeita, mas sim uma vida exemplar. Ele ofereceu sua própria vida como exemplo, indo à frente para mostrar-nos como isso deve ser feito. Isso é o que toda pessoa que exerce algum tipo de liderança na igreja deve fazer. É dever do líder ser modelo para os liderados (Jo 13.15; Fp 3.17; 1 Tm 4.12; Tt 2.7; Tg 5.10).
III – O LÍDER E O ASPECTO DO SUPRIMENTO
Uma liderança comprometida capacita os seus liderados, e este é outro aspecto da liderança é, o suprimento. Pense em um exército com uma linha de suprimento vital que chega até às tropas que estão na linha de frente. Muito do que é feito na boa liderança consiste em trabalhar estrategicamente para dar forma, ênfase e liberdade à obra que outros são chamados a realizar.
Aqueles que ocupam posição de liderança na igreja devem voltar à retaguarda e oferecer aos liderados as ferramentas que eles precisam para avançar. Lucas relata em seu evangelho, nos capítulos 9 e 10, que Jesus enviou seus discípulos depois de prepará-los. Jesus não apenas dá a missão, mas também dá as diretrizes da missão. No capítulo 10 Jesus está preparando 70 pessoas para uma missão, como líder Jesus já havia dado o exemplo, mas agora seus discípulos iriam para o campo sem o Mestre. Iriam sem a presença de seu líder, mas não sem o suprimento deste. Jesus vai suprir seus discípulos com orientações que os capacitariam a cumprir a missão mesmo sem Sua presença física: 1) O que não levar (Lc 10.4). 2) O que não fazer (não se distrair) – “a ninguém saudeis pelo caminho” (Lc 10.4). 3) O que dizer (Lc 10.5,9). 4) O que fazer (ser paciente) – “Não andeis a mudar de casa em casa” (Lc 10.7). 5) O que fazer diante a rejeição (Lc 10.10-11). Apesar de Jesus não estar presente fisicamente na missão, o trabalho dos discípulos foi bem sucedido pelo fato de receberem o suprimento de seu líder: “Então regressaram os setenta, possuídos de alegria” (Lc 10.17).
Paulo em sua segunda carta a Timóteo vai deixar o mesmo princípio em evidência. A orientação do apóstolo diz respeito ao fato de que Timóteo poderia ensinar alguns homens para que eles posteriormente pudessem ensinar a outros (2 Tm 2.2), mas isso só iria acontecer se antes o líder Timóteo desse o suprimento para que estes homens pudessem desenvolver seus ministérios por si mesmos. Paulo entendia que os líderes na igreja poderiam multiplicar grandemente seu ministério a medida que suprissem os recursos para que outros realizassem seu próprio ministério.
IV – O LÍDER E O ASPECTO DO SERVIÇO
Uma liderança comprometida existe para servir e não para ser servida. Este talvez seja o mais distinto aspecto da liderança cristã. O líder é aquele que serve e não aquele que é servido. Podemos ver este aspecto exemplificado plenamente em Jesus quando deu sua vida por nós, morrendo em nosso lugar, a fim de que vivêssemos para Ele. Descrições comoventes deste serviço auto-sacrificial se encontram em cada um dos evangelhos, e estas descrições refletem em todo Novo Testamento.
Cristo deixou o exemplo de uma liderança que serve, e isso se aplica a todo aquele que exerce liderança na igreja (Jo 13.13-15). Se o que motiva o exercício de cargos e funções na igreja é o vislumbre pelos títulos e posições em vez do serviço ao corpo de Cristo, isso significa que a nossa formação em liderança não teve a Cristo como professor. Jesus já disse certa vez que “entre vós não é assim”, o que quiser ser o primeiro seja o que sirva, pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir (Mt 20.25-28).

Domingo: Deuteronômio 18.15-19
Segunda: João 13.31-35
Terça: Lucas 10.1-17
Quarta: Mateus 20.17-28
Quinta: Filipenses 2.5-11
Sexta: 2 Tessalonicenses 3.6-15
Sábado: 1 Pedro 5.1-5

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

DISCIPLINA: UM MINISTÉRIO A SER APRENDIDO E DESENVOLVIDO

Quando o assunto é disciplina, é comum se perceber o pecado do excesso ou da escassez. Isso se deve ao fato de muitas vezes reproduzirmos aquilo que vimos ou recebemos em matéria de disciplina, e também de acharmos que pelo fato de termos crescido, já estava implícito no crescimento a capacidade de disciplinar. Esse tipo de mentalidade tem trazido serias conseqüências na vida das pessoas quando o assunto envolve ministração de disciplina, por isso a importância de se falar sobre essa pratica, de se rever conceitos e de se propor a aprender como fazê-lo.
Timóteo está enfrentado algumas dificuldades na igreja em relação a algumas atitudes de crentes que tem se desviado da verdade e que necessitam ser admoestados quanto ao viver como cristão. Paulo orienta ao jovem pastor Timóteo que há a necessidade de correção na igreja, que ele não pode abrir mão da verdade e da Palavra de Deus, que correção a principio pode trazer conflito e indisposição, mas ela precisa ser feita. A essa correção chamamos de disciplina, e é possível aprender com Paulo quando este orienta a Timóteo sobre o como aplicá-la. Vejamos alguns princípios básicos:
1 – PRECISA SER APLICADA COM TEMOR A DEUS
A disciplina prepõe o desejo de que o faltoso reconheça o seu erro e volte para Deus. O erro vai ser sempre um erro, mas o faltoso pode se consertar e ser restaurado, por isso não podemos confundir a falta com o faltoso. Alguém já afirmou que precisamos ter o cuidado para não jogar fora a água da bacia em que se deu o banho no bebê com ele dentro.
Por isso a importância da recomendação de Paulo de que se tenha consciência pois nessa obra, estamos lidando com as coisas de Deus, sendo assim é preciso temor ao tomar decisões. Paulo diz: “Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus...”, ou seja, tome decisões com firmeza, mas o faça com temor e na presença de Deus.
2 – A DISCIPLINA PRECISA TER A PALAVRA COMO BASE
Nossa Confissão de Fé apresenta a Bíblia como nossa única regra de fé e de pratica, nosso referencial para nos conduzir em tudo em nossa vida. Ainda que essa seja uma verdade inalienável, ainda assim muitos tem usado da Bíblia para fazer aquilo que eles acham ser correto, e a historia nos deixou ver isso acontecer e ainda hoje acontece.
Paulo orienta Timóteo a ter sempre a palavra de Deus como mestra na aplicação da correção, pois só ela está apta desempenhar tal função. Nesse caso torna-se necessário o temor, para que não se busque nela o respaldo para fazer o que é do desejo do homem e não de Deus.
3 – A DISCIPLINA PRECISA RELACIONAR EXORTAÇÃO E LONGANIMIDADE
Esse é sem duvida um ponto determinante no uso da disciplina, pois não há como se corrigir uma falta sem uma exortação, sem um apelo ao conserto, mas ao mesmo tempo isso não pode ser feito com agressividade e desrespeito, pois o fim ultimo é a restauração.
Por isso fala orienta a Timóteo para que ele aprenda a relacionar a exortação com a longanimidade, com a compreensão de que, ainda que tenha havido um falta, e que esta sempre causa algum desconforto, ainda assim é preciso ter em mente que o fim ultimo será sempre a restauração e não a condenação do faltoso.
4 – A DISCIPLINA ENCONTRARÁ SEMPRE SUAS REAÇÕES
Já estudamos baseados na carta aos Hebreus que, toda disciplina a principio possa ser motivo de tristeza, mas depois ela produz um fruto pacifico. Com isso em mente, Paulo orienta a Timóteo a não se deixar abalar pelas reações contrarias ao aplicar a disciplina, pois o desejo de fazer o que se quer, e ouvir somente aquilo que satisfaz estará sempre presente na natureza humana, mas o nosso compromisso é com a verdade e com a Palavra de Deus.
5 – A DISCIPLINA É UM MINISTERIO DE PERSEVERANÇA
Paulo pede a Timóteo sobriedade e capacidade para suportar as aflições, e isso é claro tem um propósito, que vai fazer com que Timoteo não desistisse do ministério em virtude das lutas que nela se apresentam. Ao tomar a iniciativa de corrigir erros, o peso do trabalho aumenta, mas isso não pode interferir no trabalho em si.
Ao colocar em pratica o exercício da disciplina, é preciso manter firme a decisão de que, o que tem mente é o fim ultimo que é a restauração do faltoso e acima de tudo a pureza do evangelho.
Que o Senhor nos abençoe no aprendizado e o desenvolvimento do exercício da disciplina, para que as pessoas não sofram pelo abuso da mesma e a igreja pela falta dela.

Leitura Semanal:Dom 2Tm 4:1-5 Seg 2Tm 3:1-17 Ter 2Tm 2:1-26 Qua Mt 18:15-20 Qui Hb 5:11-14 Sex Hb 6:4-8 Sab 1Pe 4:12-19

terça-feira, 5 de outubro de 2010

DISCIPLINAR: UMA ATITUDE DE AMOR DE PAI

Vendo na disciplina uma prova de amor! Este é o tema a ser estudado durante este mês. Vejamos as razões para estudarmos sobre este tema: 1) Corrigir o conceito de que a disciplina é um tema negativo: o disciplinar não significa determinar castigos e punições movidas pelo ódio. É verdade que a criança quando vê os pais com os rostos fechados, antes mesmo de receber a disciplina estão chorando, pois a princípio ninguém gosta de ser disciplinado, mas como diz o escritor aos Hebreus a disciplina apenas parece ser motivo de tristeza (Hb 12.11). A disciplina na Bíblia é formativa em vez de vingativa, portanto trata-se de um assunto positivo em vez de negativo. 2)Nenhum crente é um projeto perfeito e concluído: Todos nós precisamos ser inspirados, nutridos e curados. O crente não pode presumir que já é tão justo como deveria ser, como se Deus já houvesse acabado a obra em sua vida (Fp 1.6). O filósofo Sócrates declarava que a vida indisciplinada não é digna de ser vivida.
Diante estes fatos pode-se concluir que a disciplina é um assunto que versa sobre o amor. Disciplinar não é querer o mal de alguém, é querer o bem. Por isso, que a primeira lição desta série vem dizer que a disciplina é uma atitude de amor de Pai! A disciplina é manifestação de amor!
I – DEUS DISCIPLINA PORQUE DEUS É AMOR
No Novo Testamento, a palavra grega usada para disciplina inclui tanto a ideia de instrução e orientação como também o sentido de treinamento de crianças através de modos de punição a fim de levar à conduta correta. Disciplinar significa criar, educar, instruir ou punir para um viver correto. No grego a base da palavra disciplina tem a ideia de um pai que orienta seus filhos motivados pelo amor. Os atos disciplinadores de um bom pai sempre são motivados pelo interesse de ver seus filhos vivendo retamente.
É impossível desassociar a disciplina do amor. É impensável um pai que ama de verdade não repreender seu filho por tentar colocar o dedo na tomada, subir no parapeito da sacada, querer beber produto de limpeza. Nestes casos repreender é prova de amor e não de falta de amor. Quem repreende para o bem ama de fato. Quem ama quer ver o crescimento, a maturidade, a alegria da pessoa amada, por isso repreende quando necessário. “Deus é amor”, por isso ele disciplina, pois quem ama de verdade não pode ficar passivo quando a pessoa amada corre perigo. Quando você corre perigo o amor de Deus por você O impulsiona a fazer algo para o seu bem. Se Deus não disciplinasse você quando o seu dedo estivesse perto das tomadas da vida que podem te matar, quando estivesse para beber os venenos coloridos deste mundo , quando estivesse subindo nos parapeitos da existência humana ou mesmo quando você não quisesse fazer os deveres de casa que são essenciais para o crescimento, Ele não seria amor. Sem exercer a disciplina Deus não pode ser amor, sem a disciplina Deus não pode ser Pai! É por isso que escritor aos hebreus afirma que “O Senhor disciplina a quem ama” (Hb 12.6 – NVI).
II – A DISCIPLINA É UM CERTIFICADO DE FILIAÇÃO DIVINA
Repare nas palavras que o escritor aos Hebreus usa para se referir aos que recebem a disciplina. Ele procura negar todo aspecto destrutivo. Ele se refere ao provérbio de Salomão como sendo uma “palavra de ânimo” – exortação (Hb 12.5 - NVI). Preste atenção nas afirmações: “castiga todo aquele a quem aceita como filho” (NVI); “Deus vos trata como filhos”; “qual o filho que não é disciplinado por seu pai?” (NVI); “Se vocês não são disciplinados, e a disciplina é para todos os filhos, então vocês não são filhos legítimos, mas sim ilegítimos” (NVI).
Diante estas afirmações o crente deve ficar preocupado pela falta da disciplina em sua vida e não pela presença dela. Se você é disciplinado é porque é filho. Assim como não pode existir amor de pai sem disciplina, não pode existir filho legítimo sem disciplina. Já que a disciplina é certificado de filiação a postura ao recebê-la deveria ser: 1) Não menosprezar (Hb 12.5): Ao menosprezar a disciplina estaríamos menosprezando o amor de Deus e nossa posição como filhos. 2) Não se magoe (Hb 12.5): Não deixe se abater por ela, mas aprenda com ela. Ainda que de princípio não pareça motivo de alegria é um privilégio, pois ser disciplinado significa ser tratado como filho e não como bastardo (Hb 12.8).
III – A DISCIPLINA QUE NÃO VISA A CORREÇÃO E A CURA NÃO VEM DO PAI
A “disciplina” aplicada por motivo de ódio é perseguição que gera morte e não disciplina bíblica movida pelo amor que gera vida. “Deus nos disciplina para o nosso bem, para que participemos de sua santidade” (Hb 12.10 – NVI). Disciplina movida por vingança, ira ou ódio é diabólica e foge totalmente do princípio da manifestação do amor. Deus nos disciplina não para se vingar de nós ou fazer com que nossos pecados sejam perdoados; isso é penitência e não disciplina bíblica. Nossos pecados já foram pagos na cruz, somos disciplinados para a o aperfeiçoamento e santificação, porque em seu amor que seus filhos participem de sua vida e sejam moldados a imagem de seu Filho. Até mesmo quando Paulo entrega o infrator a Satanás, o objetivo era aperfeiçoar a alma (1 Co 5.5). Toda disciplina aplicada ou percebida sem este princípio não procede do amor de Deus.

Domingo: Hebreus 12.1-13
Segunda: Deuteronômio 8.1-10
Terça: Deuteronômio 11.1-2
Quarta: Provérbios 3.11-12
Quinta: Provérbios 13.24
Sexta: 1 Coríntios 5.1-6
Sábado: 2 Coríntios 2.5-11