segunda-feira, 9 de agosto de 2010

DISCIPULAR: UM CHAMADA À MATURIDADE

Muitas pessoas são capazes de fazer uma oração entregando a vida a Cristo, contudo, esta atitude não é garantia de crescimento na vida cristã. Existem pessoas que se convertem, mas não crescem! Nascem, mas não alcançam a maturidade! Envelhecem, mas vivem a vida cristã como anões da fé! Frequentam a igreja, mas não se envolvem com o Reino! Existem “crentes” com anos de igreja, mas ainda não saíram do berçário da fé! A estratégia de Deus para acabar com essa anormalidade, que infelizmente tem sido “normal” na vida da igreja, é o discipulado que chama as pessoas à maturidade.
Será que as igrejas evangélicas têm crescido numericamente na mesma proporção de que têm amadurecido? O N.T. nos dá a ideia de um crescimento que envolve não somente um maior número de pessoas, mas também pessoas que estão crescendo, amadurecendo e aprofundando-se na fé. Uma igreja saudável se caracteriza por um interesse sério pelo crescimento espiritual por parte dos seus membros, pois as pessoas querem melhorar no seguir a Jesus e desejam ver outros trilhando o mesmo caminho da maturidade.
Pode-se afirmar que O DISCIPULADO CRISTÃO DESTACA A IMPORTÂNCIA DA MATURIDADE ESPIRITUAL. O foco do discipulado é uma vida cristã madura e não infantil. O discipulado pressupõe um processo de crescimento contínuo na vida do crente. Não basta professar a fé, a proposta cristã é o amadurecimento diário do crente nos valores do Evangelho. Vejamos os fatores que apontam para esta importância que o discipulado dá a maturidade espiritual de cada crente:
I – A MATURIDADE ESPIRITUAL GLORIFICA A DEUS
A estratégia do discipulado glorifica a Deus. Trabalhar para promover o discipulado e o crescimento espiritual significa trabalhar não para nossa glória, e sim para glória de Deus (1 Pe 2.12). Atitudes maduras se destacam em um mundo de infantilidades adultas, quando estes contrastes são evidenciados pelo viver de um cristão que cresce a cada dia na fé o Senhor é honrado. Nada honra mais um pai do que um filho que sabe se portar de maneira responsável na vida. Quando se vê um jovem tendo atitudes maduras logo as pessoas tendem a relacionar ao exemplo dos pais, O que não deixa de ser um discipulado. Por vezes até se diz que os seus pais também agiriam dessa forma. Na vida cristã não é diferente, o viver maduro de cada crente faz com que as pessoas pensem que tais atitudes só poderiam vir de um filho de Deus (Mt 5.16). Por isso, se é desejo da igreja glorificar a Deus, seu desejo também deve ser o de fazer discípulos, ou seja, chamar pessoas a maturidade espiritual, o viver a semelhança do Filho de Deus (2 Ts 1.11-12). O discipulado cristão chama as pessoas a verem Cristo em nós para que elas também evidenciem Cristo nelas e assim Deus seja glorificado pelo viver de seus filhos.
II – A MATURIDADE ESPIRITUAL É UM SINAL DE VIDA
Aqueles que se convertem a Cristo evidenciam uma nova Vida gerada neles. O discipulado é uma chamada ao desenvolvimento dessa Vida. A falta de maturidade pode evidenciar a ausência do novo nascimento. O que se espera de uma criança é que ela amadureça com o passar do tempo. Árvores vivas são árvores que crescem, animais vivos são animais que crescem, quando algo se recusa a crescer na verdade está é faltando vida. Somente as coisas vivas sobem a correnteza, as coisas mortas boiam. Muitas pessoas dentro da igreja estão sendo levadas pelas correntezas da vida por causa da falta de crescimento espiritual. Assim como um corpo vivo cresce, espera-se que o crente como membro do corpo e ligado a cabeça, que é Cristo, também cresça (Cl 2.19, Ef 4.16). Crente que cresce espiritualmente evidencia o fato de ter passado pelo novo nascimento.
III – A MATURIDADE ESPIRITUAL IMPEDE UMA FALSA IMPRESSÃO DE SUCESSO
Sem um discipulado que chama à maturidade o que é um aparente sucesso pode se revelar em um fracasso. Existem grandes igrejas com centenas de membros que nunca as frequentam, e muitos dos que vão aos cultos não aparentam estar muito interessados em Deus. O discipulado que conduz a maturidade é uma estratégia de Deus para se combater o “inchaço” da igreja. As pessoas podem até entrar para a igreja, mas se não forem conduzidas ao crescimento espiritual, diante das pressões da vida, estão propensas a agirem de forma imatura a ponto de quem sabe nunca mais desejarem pisar em uma igreja. Isso não significa que uma igreja pequena é sinal de crentes maduros, ou que o crescimento numérico não deva ser buscado. A questão é que não se pode negligenciar o chamado do discipulado ao amadurecimento que cada membro do corpo, pois sem a maturidade dos crentes a igreja pode se tornar em uma grande propaganda enganosa onde a aparência mascara o conteúdo debilitado. A igreja em Atos crescia numericamente, em um único dia quase três mil foram convertidos e o verso seguinte a este relato diz que eles “perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações” (At 2.42). Pode-se dizer que os quase três mil convertidos, sem demora, iniciaram um processo de crescimento e amadurecimento sendo discipulados pela igreja, para que suas conversões não fossem apenas uma falsa impressão de sucesso evangelístico da igreja primitiva.

CONCLUSÃO: Para que a maturidade espiritual seja alcançada o discipulado é indispensável. Muitas coisas que minam a igreja são frutos de imaturidade. “Crente” que não cresce espiritualmente é uma incoerência, assim como “crente” que não deseja ver outros crentes crescerem também o é. Aquele que foi alcançado pelo Evangelho é chamado a desenvolver sua maturidade através do discipulado e ao mesmo tempo discipular outros para o amadurecimento. Falar de crente que não busca a maturidade nele e nos outros através do discipulado seria como falar de gelo quente!

DOMINGO: Filipenses 1.1-11
SEGUNDA: Colossenses 1.9-14
TERÇA: Colossenses 2.11-19
QUARTA: 2 Tessalonicenses 1.3-12
QUINTA: 1 Pedro 2.1-10
SEXTA: Efésios 4.11-16
SÁBADO: 2 Pedro 3.14-18

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